Vasco e Léo Jardim se afastam: goleiro recusa oferta milionária
Partes seguem debatendo a questão salarial, ponto central da discórdia pela renovação do contrato
Negociação entre Vasco e Léo Jardim trava após quarta recusa do goleiro, que pede salário de R$ 1,5 milhão. Clube aposta em cláusula de renovação automática

Rio de Janeiro, RJ, 04 (AFI) – A novela envolvendo a renovação de contrato entre Vasco e Léo Jardim ganhou mais um capítulo nesta semana, e a trama parece longe do fim. O goleiro, peça-chave na equipe cruzmaltina e herói em diversas decisões de pênaltis, rejeitou pela quarta vez a proposta apresentada pela diretoria, mantendo o ime que já dura mais de seis meses. O ponto central da discórdia segue sendo o salário, e o clima de tensão paira em São Januário.
A diretoria do Vasco, ciente da importância de Léo Jardim para a equipe, colocou na mesa uma proposta considerada robusta: salário fixo de cerca de R$ 800 mil mensais, bônus por metas atingidas e contrato estendido até 2030. O valor iguala o patamar do centroavante Pablo Vegetti, um dos mais bem pagos do elenco. No entanto, o estafe do camisa 1 não se mostrou satisfeito. Representado pelo empresário Paulo Pitombeira, Léo Jardim pede vencimentos na casa dos R$ 1,5 milhão, valor que só encontra paralelo com o de Philippe Coutinho, principal estrela do grupo.
A diferença entre o que o Vasco pode pagar e o que o goleiro deseja permanece significativa. O clube entende ter esgotado suas possibilidades financeiras e não pretende cometer loucuras para manter o atleta, apostando em um desfecho semelhante ao de Vegetti, que, em negociação anterior, também buscou cifras acima de R$ 1 milhão, mas acabou cedendo.
LEO JARDIM E VASCO
Mesmo diante da tensão, o Vasco mantém uma carta na manga. O contrato de Léo Jardim vai até dezembro, mas uma cláusula permite renovação automática até o fim de 2025, caso o goleiro participe de pelo menos 50% dos jogos nesta temporada – marca que está prestes a ser atingida. Isso garante ao clube relativa tranquilidade para conduzir as tratativas, ainda que siga buscando um acordo direto com o atleta para evitar desgastes e garantir estabilidade ao elenco.
Léo Jardim, que completou 30 anos em março, vive um momento de alta. Desde sua chegada, foi titular em 137 de 142 jogos, tornando-se pilar defensivo da equipe e conquistando a torcida com atuações decisivas, como a recente classificação nos pênaltis diante do Operário, pela Copa do Brasil. Sua regularidade e protagonismo embasam o pedido de valorização salarial, mas também colocam a diretoria em situação delicada diante da folha de pagamento.