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ARIOVALDO IZAC

Berico, o 'Novo Pelé', do Guarani ao Flamengo

Berico apareceu no Guarani nos anos de 1960, chamou atenção e logo se transferiu ao Flamengo. Mas nunca mais foi o mesmo.

Ele foi descoberto no Jaboticabal, interior paulista, nos tempos que o Guarani contava com vários olheiros por aí, e chegou ao Brinco em 1963

Berico - Guarani - Flamengo
Berico jogou no Guarani (à direita) e no Flamengo. Foto: reprodução Terceiro Tempo

Por ARIOVALDO IZAC

Campinas, SP, 7 (AFI) – Essa história de paralisação de um Campeonato como a Série C do Brasileiro, em respeito à data FIFA, não casa bem em competição que nada tem a ver com o alto ‘escalão’ do futebol.

Então, para evitar enrolação de repetidos assuntos, elenquei a pauta da próxima coluna Cadê Você – que trata de jogadores com agens por Guarani e Ponte Preta – para que também lembremos de ídolos do ado neste espaço do Blog do Ari.

NOVO PELÉ?

Imaginem se durante um encontro de torcedor bugrino com quaisquer dos dirigentes do clube for citado que o atleta ‘fulano de tal’ faz lembrar o saudoso ponta-de-lança Berico.

Não estranhem se a resposta for ‘não sei de quem se trata’, ou ‘quem foi e onde jogou esse atleta’?

Claro que o suposto torcedor faria uma rápida recapitulação sobre Berico, que ou pelo Guarani entre 1963/64, que pela facilidade no drible e velocidade seria pretendido por grandes clubes do futebol brasileiro, até porque exagerados estavam sugerindo o ‘nascimento’ de um novo Pelé.

Evidente que não, mas foi sim um jogador talentoso.

Foi-se o tempo em que cartolas estudavam histórias de seus respectivos clubes e lembravam de talentosos jogadores que por eles avam.

Se contra-argumentarem que Berico ou pelo Guarani há mais de 60 anos, e quem sequer havia nascido naquela época não teria obrigação de saber, então recapitulemos como Berico chegou ao Guarani.

Berico - Guarani
Berico jogou no México e morreu nos Estados Unidos em 2016

SURGIU NO JABOTICABAL

Ele foi descoberto no Jaboticabal, interior paulista, nos tempos que o Guarani contava com vários olheiros espalhados por aí, e chegou ao Estádio Brinco de Ouro em 1963, ratificando tudo que havia sido dito sobre ele.

Como eu seria incapaz de lembrar todos os titulares daquela época – como o zagueiro Adílson e atacantes Felício e Vicente -, nada como recorrer ao historiador bugrino José Ricardo Lenzi Mariolani que cita em suas publicações esta formação: Dimas; Oswaldo Cunha, Adílson e Diogo; Eraldo e Tião Macalé; Amauri, Berico, Américo Murolo, Felício e Vicente.

BRILHOU CONTRA O FLAMENGO

No primeiro jogo do ano de 1964 do Guarani, no dia 11 de janeiro, no amistoso em que venceu o Flamengo por 2 a 1, na inauguração do serviço de iluminação do Estádio Brinco de Ouro, Berico fez uma ‘partidaça’, ratificando informações que o adversário já tinha sobre ele.

Logo, foi recomendada a contratação por 50 milhões de cruzeiros – moeda corrente da época -, o que provocou revolta do torcedor bugrino, que não itia a perda do ídolo.

Todavia, no Flamengo o rendimento do atleta não foi o mesmo, resultando em perda de espaço entre os titulares e consequente negociação com o Club Jalisco do México, e de lá ao futebol dos Estados Unidos, com carreira encerrada em 1978 no Sacramento, da Califórnia.

Lá ele fixou residência – já identificado pelo nome de nascimento como José de Oliveira Filho – e permaneceu até 22 de agosto de 2016, data da morte aos 74 anos de idade.

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