CBF pede à Justiça que mude nomeação de interventor na FMF

Justiça vai analisar o pedido da CBF e decidir se mantém o nome já indicado ou aceita a sugestão da entidade

A nomeação feita pela 4ª Vara Cível de Cuiabá aconteceu depois que o mandato de Aron Dresch terminou

CBF pede à Justiça que mude nomeação de interventor na FMF (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
CBF pede à Justiça que mude nomeação de interventor na FMF (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Cuiabá, MT, 29 (AFI) – A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pediu oficialmente à Justiça de Mato Grosso que reveja a decisão que colocou o advogado Thiago Dayan da Luz Barros como provisório da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF). Em vez dele, a CBF sugere o nome de Luciano Dahmer Hocsman, atual presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), para assumir a função de forma interina até que novas eleições sejam realizadas.

A nomeação feita pela 4ª Vara Cível de Cuiabá aconteceu depois que o mandato de Aron Dresch terminou em 26 de maio. Sem novos dirigentes eleitos e com o estatuto da federação sem regras claras para esse tipo de situação, a juíza Ana Cristina Silva Mendes optou por indicar um com base na lei.

CBF pede à Justiça que mude nomeação de interventor na FMF (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
CBF pede à Justiça que mude nomeação de interventor na FMF (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

CBF NÃO RECONHECE DECISÃO DA JUSTIÇA

A CBF reconhece o momento delicado da FMF, mas diz que a decisão da Justiça vai contra o que prevê o Estatuto do Futebol. Segundo a entidade, esse tipo de interferência externa pode trazer problemas com a FIFA, que só aceita mudanças internas feitas conforme as regras das próprias federações.

Agora, a Justiça vai analisar o pedido da CBF e decidir se mantém o nome já indicado ou aceita a sugestão da entidade que comanda o futebol no país.

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DRESCH SE DESPEDE DA FMF

O ex-presidente da Federação Mato-grossense de Futebol, Aron Dresch, divulgou uma nota de despedida na noite de terça-feira (27). Ele deixou o cargo na segunda-feira (26), quando terminou seu segundo mandato. Aron tenta a reeleição pela chapa “Federação Para Todos” e tem como adversário Dorileo Leal, que lidera a chapa “Progresso no Futebol”.

NOTA DE ARON DRESCH NA ÍNTEGRA

Boa noite, meus amigos, em especial aos clubes a quem tenho tanto respeito e com quem trabalhei juntamente neste tempo todo.

Me despeço — por ora — da Federação.

Mas faço questão de ser claro: não saio por intervenção, revogação, ou qualquer invalidação da minha gestão. Isso é bobagem. Nada disso se sustenta.

O que houve foi apenas o entendimento da Justiça de que há uma lacuna no processo sucessório, vez que não houve eleição. E, diante disso, foi nomeado um provisório. Simples assim.

E quando a Justiça determina, a gente cumpre. Como sempre fizemos: dentro da lei.

Não há juízo algum contra os meus atos. A legitimidade da minha gestão segue intacta. Está tudo certo.

Vamos lembrar que o futebol se faz em campo, nos treinos, no dia a dia.

Que o foco precisa ser a bola rolando, os clubes crescendo.

Que as eleições precisam acontecer porque o futebol não pode parar.

E o que não pode parar também são as conquistas que construímos juntos:

_ Entramos no circuito nacional e internacional dos campeonatos mais importantes

_ Recebemos a Copa América, Sul Americana, e tantas outras;

_ Alcançamos um recorde do número de jogos, só em 2024 foram 511, isso nunca tinha nem sido imaginado, inclusive parabéns para os clubes;


– Aumentamos o número de clubes filiados e participantes dos campeonatos, incluindo categorias de base e futebol feminino;

_ Investimento nas categorias de base, fundamental pro crescimento disso tudo;


_ Valorizamos as competições regionais, com premiações recordes, transmissões e maior visibilidade nacional para os nossos atletas.

O que tem que vencer é da vontade dos clubes.

E que continue sendo democrático, exatamente do jeito que trouxemos até aqui, porque qualquer coisa diferente disso é RETROCESSO.

Nós queremos progresso no futebol.

Eu espero que isso não seja uma despedida, mas sim um até breve.

Bem breve – se for da vontade daqueles que suam verdadeiramente pelo nosso futebol.

Até mais.

Aron Dresch

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