CBF pede à Justiça que mude nomeação de interventor na FMF
Justiça vai analisar o pedido da CBF e decidir se mantém o nome já indicado ou aceita a sugestão da entidade
A nomeação feita pela 4ª Vara Cível de Cuiabá aconteceu depois que o mandato de Aron Dresch terminou

Cuiabá, MT, 29 (AFI) – A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pediu oficialmente à Justiça de Mato Grosso que reveja a decisão que colocou o advogado Thiago Dayan da Luz Barros como provisório da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF). Em vez dele, a CBF sugere o nome de Luciano Dahmer Hocsman, atual presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), para assumir a função de forma interina até que novas eleições sejam realizadas.
A nomeação feita pela 4ª Vara Cível de Cuiabá aconteceu depois que o mandato de Aron Dresch terminou em 26 de maio. Sem novos dirigentes eleitos e com o estatuto da federação sem regras claras para esse tipo de situação, a juíza Ana Cristina Silva Mendes optou por indicar um com base na lei.

CBF NÃO RECONHECE DECISÃO DA JUSTIÇA
A CBF reconhece o momento delicado da FMF, mas diz que a decisão da Justiça vai contra o que prevê o Estatuto do Futebol. Segundo a entidade, esse tipo de interferência externa pode trazer problemas com a FIFA, que só aceita mudanças internas feitas conforme as regras das próprias federações.
Agora, a Justiça vai analisar o pedido da CBF e decidir se mantém o nome já indicado ou aceita a sugestão da entidade que comanda o futebol no país.
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DRESCH SE DESPEDE DA FMF
O ex-presidente da Federação Mato-grossense de Futebol, Aron Dresch, divulgou uma nota de despedida na noite de terça-feira (27). Ele deixou o cargo na segunda-feira (26), quando terminou seu segundo mandato. Aron tenta a reeleição pela chapa “Federação Para Todos” e tem como adversário Dorileo Leal, que lidera a chapa “Progresso no Futebol”.
NOTA DE ARON DRESCH NA ÍNTEGRA
Boa noite, meus amigos, em especial aos clubes a quem tenho tanto respeito e com quem trabalhei juntamente neste tempo todo.
Me despeço — por ora — da Federação.
Mas faço questão de ser claro: não saio por intervenção, revogação, ou qualquer invalidação da minha gestão. Isso é bobagem. Nada disso se sustenta.
O que houve foi apenas o entendimento da Justiça de que há uma lacuna no processo sucessório, vez que não houve eleição. E, diante disso, foi nomeado um provisório. Simples assim.
E quando a Justiça determina, a gente cumpre. Como sempre fizemos: dentro da lei.
Não há juízo algum contra os meus atos. A legitimidade da minha gestão segue intacta. Está tudo certo.
Vamos lembrar que o futebol se faz em campo, nos treinos, no dia a dia.
Que o foco precisa ser a bola rolando, os clubes crescendo.
Que as eleições precisam acontecer porque o futebol não pode parar.
E o que não pode parar também são as conquistas que construímos juntos:
_ Entramos no circuito nacional e internacional dos campeonatos mais importantes
_ Recebemos a Copa América, Sul Americana, e tantas outras;
_ Alcançamos um recorde do número de jogos, só em 2024 foram 511, isso nunca tinha nem sido imaginado, inclusive parabéns para os clubes;
– Aumentamos o número de clubes filiados e participantes dos campeonatos, incluindo categorias de base e futebol feminino;
_ Investimento nas categorias de base, fundamental pro crescimento disso tudo;
_ Valorizamos as competições regionais, com premiações recordes, transmissões e maior visibilidade nacional para os nossos atletas.
O que tem que vencer é da vontade dos clubes.
E que continue sendo democrático, exatamente do jeito que trouxemos até aqui, porque qualquer coisa diferente disso é RETROCESSO.
Nós queremos progresso no futebol.
Eu espero que isso não seja uma despedida, mas sim um até breve.
Bem breve – se for da vontade daqueles que suam verdadeiramente pelo nosso futebol.
Até mais.
Aron Dresch