Conmebol abre processo disciplinar contra Bobadilla, do São Paulo, após acusação de xenofobia

O volante são-paulino Bobadilla, que itiu ter discutido com o rival, fez um pedido de desculpas por meio das redes sociais.

Diante do episódio de discriminação, a entidade pretende colher provas através de imagens e entrevistas para analisar o caso

SAO PAULO
Bobadilla, do São Paulo, foi acusado de xenofobia em partida contra o Talleres. Foto: Paulo Pinto

São Paulo, SP, 28 (AFI) – A Conmebol abriu nesta quarta-feira uma investigação sobre a acusação feita pelo lateral-esquerdo venezuelano Miguel Navarro, do Talleres, de que teria sido vítima de xenofobia no jogo da equipe argentina contra o São Paulo nesta terça-feira, em duelo válido pela Libertadores. O volante são-paulino Bobadilla, que itiu ter discutido com o rival, fez um pedido de desculpas por meio das redes sociais.

Diante do episódio de discriminação, a entidade pretende colher provas através de imagens e entrevistas para analisar o caso e, então decidir se vai abrir um processo contra o atleta. 

Não significa necessariamente presunção de culpa, significa que o caso será examinado a partir de elementos suficientes para abrir o expediente disciplinar.

NOVIDADE! Futebol Interior agora está nos Canais do WhatsApp. Participe agora

Acusado de xenofobia, Bobadilla citou o clima quente dentro de campo para justificar a discussão durante a partida.

“Foi um jogo muito quente, um clima tenso durante todo o jogo. Depois do nosso segundo gol, tive uma troca de palavras com o jogador do Talleres onde fui ofendido primeiro, ele também me tratou com desprezo”, afirmou o jogador para, em seguida afirmar que não teve a intenção de menosprezar o rival.

“Nunca tive a intenção de discriminar ninguém, mas durante aquele momento quente acabei reagindo mal. Queria me desculpar publicamente e pedirei desculpa se encontrá-lo pessoalmente. Desculpas e abraço a todos – disse o jogador em vídeo publicado em uma rede social.

O meio-campista pode ser suspenso por quatro meses caso seja comprovado que cometeu ato de xenofobia contra o adversário. Tal punição está prevista no artigo 15 do regulamento da Conmebol.

O CASO

Nos momentos finais do segundo tempo da partida desta terça-feira, uma confusão foi iniciada, com jogadores se manifestando em tom de cobrança contra Bobadilla. Navarro tentou deixar o campo, mas foi impedido pelo árbitro chileno Piero Maza.

Em lágrimas, Navarro permaneceu no campo até o fim da partida. Ao sair, concedeu entrevista para a transmissão de TV, mas foi sucinto. “Não quero falar, ele sabe o que disse. Foi com Bobadilla. Não quero falar do jogo”, disse. Depois, na zona mista, Navarro confirmou que o paraguaio o chamou de “venezuelano morto de fome”. Ele fez boletim de ocorrência contra o são-paulino.



Confira também: