Edson Vieira, o único treinador a atuar nas cinco divisões do futebol paulista

O treinador comentou sobre o desafio à frente do Flamengo, que precisa vencer Batatais e Aster Guarulhos nas últimas rodadas

Em entrevista ao Futebol Interior, Vieira destacou que é, atualmente, o único técnico em atividade no futebol paulista a ter trabalhado nas cinco divisões do estado

Vieira
Foto: Divulgação

São Paulo, SP , 07 (AFI) – Um dos mais experientes técnicos do futebol paulista, Edson Roberto Vieira, de 59 anos, natural de São João (PR), assumiu nesta semana mais um desafio em sua longa carreira: comandará o Flamengo de Guarulhos nos dois últimos jogos da primeira fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão Sub-23.

Vieira chega ao time de Guarulhos com dois confrontos decisivos pela frente, justamente contra os dois melhores times do grupo: Aster Guarulhos e Batatais. E precisa vencer ambos para seguir vivo na competição.

O treinador tem a seu favor a longa experiência, que já o levou a conquistar os e títulos importantes — como o da Série A3, em 2013. Em entrevista ao Futebol Interior, Vieira destacou que é, atualmente, o único técnico em atividade no futebol paulista a ter trabalhado nas cinco divisões do estado:

“Sou, em atividade, o único treinador de São Paulo a atuar nas cinco divisões. Neste ano, trabalhei na Série A4 pela Inter de Bebedouro e agora estou no Flamengo, na Bezinha. Recebi o convite do Edson, meu xará, cujo pai é um dos fundadores do Flamengo de Guarulhos. Conheci também o Caio (Soler), presidente, um cara apaixonado pelo futebol e pelo clube, que vive o Flamengo 24 horas por dia. Aliás, agradeço muito pelo convite”, disse Vieira.


Dois jogos, duas finais

O treinador comentou sobre o desafio à frente do Flamengo, que precisa vencer Batatais e Aster Guarulhos nas últimas rodadas:

“Temos dois jogos, duas finais, e a gente tem que vencer os dois — senão, não adianta. Se não ganharmos do Batatais, acabou pra nós, porque não tem como entrar. Só se classificam o segundo colocado e o melhor terceiro entre os três grupos. Só temos essa chance: fazer os pontos e torcer por algum tropeço dos times que estão à nossa frente, pra ver se conseguimos classificar”, explicou Vieira, que lembra também de sua agem anterior pelo clube, em 2016.


O futuro e o presente

Vieira contou que, antes de aceitar o convite do Flamengo, quase fechou com dois clubes da Copa Paulista:

“Recebi o convite do Flamengo e aceitei. É um desafio. Vim pra cá e estou trabalhando há dois dias, buscando a vitória contra o Batatais e, depois, sonhar com a classificação — sempre respeitando os adversários, como sempre faço”, destacou.

Apesar do acerto inicial ser válido apenas para os dois jogos finais da fase de grupos, Edson Vieira não descarta a possibilidade de um projeto mais duradouro no clube:

“Existe a possibilidade de um projeto futuro aqui, já que o clube hoje tem uma boa situação financeira e é muito bem istrado. Funciona desde a base até o profissional, e a gente vê isso com bons olhos. É um clube com jogadores espalhados pelo Brasil, com atletas que já aram pela Seleção Brasileira. Tem jogador no Palmeiras, então o trabalho está sendo muito bem feito aqui. É sempre bom participar de um projeto assim, que tem futuro”, comentou.

Por ora, no entanto, o técnico reforça a importância de manter o foco no presente:

“O que importa agora é jogar e ganhar do Batatais, para depois tentar a classificação e brigar por um o. Repito: se não ganhar do Batatais, não adianta”, finalizou.


A carreira

A trajetória de Edson Vieira como treinador começou pouco depois de 1999, ano em que encerrou a carreira como jogador no Rio Preto. Em 2002, iniciou sua caminhada à beira do campo na Portuguesa do Paraná.

Entre seus feitos mais relevantes está o título paulista da Série A3, conquistado em 2013 com o São Bento — campanha que garantiu o o à Série A2, com 45 jogos e 23 vitórias. Também teve destaque à frente do Nacional-PR em 2003.

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Como jogador, defendeu a Seleção Brasileira de Juniores em 1983, sendo campeão do Torneio de Toulon. Atuava como meia e teve agens marcantes pelo Londrina (PR) e pelo Botafogo (RJ), na década de 1980. Ficou conhecido pelo apelido “Maradoninha”.

Sua carreira como técnico inclui agens por diversos clubes, como Portuguesa-PR, Águia, Itararé, Comercial, Atlético Sorocaba, Caxias, União São João de Araras, São Carlos, União Barbarense, XV de Piracicaba, Gama, Sertãozinho, Taubaté, Olímpia, Barretos, Matonense, Inter de Bebedouro, Rio Branco de Americana, Linense, Comercial-RP, Rio Claro, União São João, São Caetano, Atibaia, Hercílio Luz, São José, Londrina, Vocem, entre outros.

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