Federação do Mato Grosso remarca eleição após suspensão judicial

A FMF entrou com recurso para tentar realizar as eleições ainda neste sábado, mas sem sucesso

As eleições da Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF) serão realizadas no próximo sábado

Aron Dresch, atual presidente da federação. Foto: Gil Gomes / FMF
Aron Dresch, atual presidente da federação. Foto: Gil Gomes / FMF

Cuiabá, MT, 03 (AFI) – As eleições da Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF-MT) não foram realizadas neste sábado como programadas. Entretanto, já tem nova data para ocorrer: o próximo sábado, 10 de maio. A decisão ocorre após a suspensão judicial do pleito deste sábado. A FMF entrou com recurso para tentar realizar as eleições ainda neste sábado, mas sem sucesso.

O atual presidente da FMF, Aron Dresch, concorre à reeleição, pela Chapa Progresso no Futebol, que tem como candidatos a vice-presidência Aluísio Bassani e Geandre Bucair.

Eles têm como adversário João Dorileo Leal, presidente do Mixto, que encabeça a Chapa Federação Para Todos, contando ainda com Reydner Souza e Leomar Lauxen como vices.

Na assembleia deste sábado, o próprio Mixto propôs uma nova eleição, mas foi rejeitada por 18 votos a 3.

QUADRIÊNIO

A eleição definirá o presidente da FMF para o próximo quadriênio, com mandato de maio de 2025 a maio de 2029. Também serão eleitos os vice-presidentes, três membros titulares e três suplentes do Conselho Fiscal da entidade.

S EM APOIO A CHAPA PROGRESSO NO FUTEBOL: Ação, Uirapuru, Dom Bosco, Academia, Cáceres, Cacerense, Cuiabá, Atlético-MT, CEOV, Luverdense, Nova Mutum, Operário Ltda, Primavera, Rondonópolis, Santa Cruz, Sorriso, Sinop, Sport Sinop, União, Chapada, Juara e Liga Alta Floresta.

S EM APOIO A CHAPA FEDERAÇÃO PARA TODOS: Santa Cruz, Mixto, União, Operário Ltda, Associação Camponovense, Nova Mutum e Liga Alta Floresta.

ENTENDA O CASO

Segundo o Ministério, há indícios de falta de transparência no processo e denúncias de compra de votos entre os clubes e ligas filiadas.

A investigação aponta “descumprimento das condições e do prazo para a realização de eleição para a presidência da entidade; ausência de transparência no processo eleitoral; e até compra de votos dos presidentes de clubes e ligas filiados à entidade”.

O Ministério Público destacou também a importância da apuração, sem interferir diretamente na autonomia da entidade. “As eventuais irregularidades no processo eleitoral da Federação Estadual de Futebol justificam a intervenção ministerial, sempre com respeito à autonomia da entidade e sem prejuízo das competências de órgãos especializados quanto a outras esferas de interesse difuso”, afirma o texto.

A Promotoria quer que a FMF envie uma série de documentos que ainda não foram divulgados. Entre eles, o estatuto da entidade, o regulamento eleitoral, o cronograma da eleição e os critérios para definir quem pode votar e quem pode ser candidato.

Também foram solicitadas informações sobre a comissão eleitoral, o comitê de resolução de disputas da CBMA e o sistema de votação que será utilizado.

A investigação busca garantir mais transparência no processo e apurar se houve suborno ou manipulação para favorecer alguma candidatura.

Confira também: