Luto! Morre ex-atacante do Fernandópolis na década de 70
Ele morreu em casa, no final da manhã, deixando esposa e filhas
Antônio Carlos Scanferla, o Tato, tinha 75 anos e também atuou como servidor público na Prefeitura de Fernandópolis, onde trabalhou como contador até a aposentadoria
Por: Oscar Silva
Fernandópolis, SP , 22 (AFI) – Faleceu no último sábado (19), em Fernandópolis-SP, o ex-atacante Tato, conhecido como “Pai Herói” do Fernandópolis Futebol Clube, tradicional equipe do interior paulista, na região de São José do Rio Preto.
Antônio Carlos Scanferla, o Tato, tinha 75 anos e também atuou como servidor público na Prefeitura de Fernandópolis, onde trabalhou como contador até a aposentadoria. Ele morreu em casa, no final da manhã, deixando esposa e filhas.
Natural de Poloni-SP, nascido em 18 de maio de 1950, Tato mudou-se para Fernandópolis aos 24 anos. Além de servidor público, sempre foi apaixonado por futebol. Atuou como jogador profissional e defendeu a Votuporanguense em 1971. Antes disso, jogava pelo time amador Floreal Futebol Clube, da cidade de Floreal, onde já era conhecido como artilheiro, goleador e verdadeiro carrasco dos times vizinhos.
PAI HERÓI!
Tato marcou época no Fernandópolis Futebol Clube, onde ganhou o apelido de “Pai Herói” por suas atuações memoráveis. Seu nome está eternizado ao lado de outros grandes ídolos que vestiram a camisa da Águia Sangue Azul, como Teia. Ele defendeu o clube em 1974 e, depois, de 1976 a 1984, deixando sua marca com mais de 200 gols — somando amistosos e partidas oficiais pelas divisões de o do futebol paulista.
DOIS GOLS E CAMPEÃO!
Na rodada final da Segundona, o Fernandópolis venceu o Guaçuano por 2 a 0, em Mogi Guaçu. Ambos os gols foram marcados por Tato, garantindo o título da Segundona e o o à Primeira Divisão (atual Série A3). Naquela época, o futebol paulista era dividido em: Especial (Paulistão), Intermediária (A2), Primeira (A3) e Segunda Divisão. No início dos anos 1980, a Federação Paulista de Futebol reformulou os campeonatos, e o Fefecê ou a integrar a nova Segunda Divisão, equivalente à atual Série A2.
O AUGE EM 1979
O grande momento da carreira de Tato foi em 1979, quando marcou 25 gols e foi peça-chave na conquista do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Na campanha, o time disputou 30 jogos, conquistando 21 vitórias, seis empates e apenas três derrotas. O ataque marcou 64 gols e a defesa sofreu 21. A equipe ficou invicta por 16 partidas consecutivas, perdendo apenas para a Matonense por 2 a 1, em casa, na penúltima rodada da primeira fase.
TIMAÇO!
Com Tato no comando do ataque, o time base do Fefecê — inicialmente treinado por Dicão e depois por Mará (Mário Aldo Tonissi) — era formado por:
Durval; Donda, Nelsinho (Ademir Cáceres), Noronha e Chico Amorim; Bereco, Carlos Silva e Ari (Xisté); Jorginho, Tato e Da Silva (Zé Roberto).
