"Obrigado, Aparecidense"! Relato de quem viveu e conhece a história do clube goiano
"Conquista que ou por muitos estágios e teve a participação de vários trabalhadores do mundo esportivo, amantes da cidade, seu povo e do futebol"
Aparecidense fez história com o o à Série C

Aparecida de Goiânia, GO, 18 (AFI) – O cronista esportivo Lucimar Augusto, em um relato de emoção e de resgate histórico, comenta o o da Aparecidense para a Série C do Campeonato Brasileiro de 2022 em artigo especial para o Portal Futebol Interior.
Neste sábado, o futebol goiano subiu mais um degrau no futebol brasileiro, com o o da Associação Atlética Aparecidense para a Série C do brasileirão 2022.
Conquista que ou por muitos estágios e teve a participação de vários trabalhadores do mundo esportivo, amantes da cidade, seu povo e do futebol.
Dos fundadores, em 1984 aos batalhadores da campanha deste ano, dentro e fora do campo vários guerreiros batalharam por esta conquista.
Três vultos históricos não podem deixar de ser relacionados: João Rodrigues, o “Cocá”; Luiz Alberto Maguito Vilela e Liosmar Mendanha, o “Léo Mendanha”.
Mendanha esteve entre os pioneiros que viabilizaram a fundação do Clube, se tornando depois um auxiliador discreto, que nunca poupou esforços para atender o que lhe era solicitado para fomentar o crescimento, ou para resolver uma situação emergencial da Aparecidense.
Léo que era Deputado Estadual na época da fundação, nunca quis amarrar suas ações em prol da equipe com sua carreira política. Opositor destemido e determinado ao governo do Tempo Novo, comandado por Marconi Perillo, temia que a agremiação fosse prejudicada se houvesse ligação com o seu nome. Nunca pediu voto e nem apoio político. Ajudou pelo amor à cidade e ao clube.
Quando o ex-governador Maguito Vilela assumiu a prefeitura de Aparecida de Goiânia, chamou Cocá e o escalou para comandar a Aparecidende. O objetivo era representar bem a cidade no futebol goiano e no brasileiro. Cocá se desdobrou, virou o Brasil atrás de jogadores que coubessem dentro do orçamento do clube, observou os atletas do futebol goiano levando os que tinham o perfil da Aparecidense. Por trás Maguito dava todo apoio logístico para o crescimento do clube, inclusive usando seu nome para atrair auxílio. A partir daí, a Aparecidense chegou quatro vezes entre os quatro times que disputaram o título estadual e por duas vezes bateu na trave para o o da série D para a C.
A Covid 19 foi caprichosa e levou os três baluartes para a pátria espiritual antes do o alcançado no último sábado, mas na conquista está impregnado o trabalho de cada um deles, que com certeza estão muito felizes do outro lado da vida.
O atual prefeito Gustavo Mendanha, filho de Léo Mendanha e discípulo político de Maguito (tendo inclusive sido escolhido pelo próprio Maguito para ser seu sucessor na prefeitura) assumiu a gestão municipal há seis anos atrás e não deixou o trabalho idealizado pelos baluartes sofrer queda de sequência. Élvis Mendes já respondia pela presidência do Clube enquanto Cocá cuidava da direção de futebol – a dupla foi escolhida por Maguito.
Gustavo deu e para que as coisas continuassem assim e reforçou o batalhão designando o secretário Jéferson Aragão para ser uma espécie de responsável pelas relações públicas e institucionais do Clube e voltou insistir que o crescimento fosse continuado, que a Aparecidense buscasse um título regional e o o para a série C.
Vários outros nomes da sociedade, da política, da comunidade e do setor produtivo da cidade também se engajaram no projeto. Com todos puxando para o mesmo lado o primeiro objetivo já foi alcançado, a Aparecidense está na série C.
O time tem fisionomia própria. Do treinador Thiago Carvalho ao mais simples dos servidores há humildade somada com a obstinação, que faz a Aparecidense um batalhão de guerreiros que desconhecem a dureza da guerra para buscar a vitória.
Não há como deixar de falar nos jogadores. Boa parte deles já históricos no clube: Rafael Cruz, Pedro Henrique, Robert, Alex Henrique. Outros que chegaram depois, muito bem representados pelo capitão Wesley Matos e os da casa, que tem em Negueba o mais expressivo deles – todos escreveram seus nomes com letras garrafais na história desta conquista.
Nós, da crônica esportiva, temos duas ações obrigatórias neste momento para com todos da Aparecidense:
1ª) Parabenizar pela determinação que gerou a conquista, e
2ª) Agradecer pela contribuição para o crescimento do futebol goiano.
*** Lucimar Augusto é presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de Goiás