Polícia Civil abre investigação após caso de racismo com goleiro do Criciúma
Segundo o atleta, os insultos partiram da torcida adversária, levando a equipe de arbitragem a acionar a Polícia Militar
Na manhã desta segunda-feira (10), Caíque falou sobre o ocorrido em entrevista coletiva, destacando o apoio recebido pelo Criciúma

Criciúma, SC, 10 (AFI) – O goleiro Caíque, do Criciúma, denunciou ter sido vítima de racismo durante a partida contra o Brusque, válida pela oitava rodada do Campeonato Catarinense. Segundo o atleta, os insultos partiram da torcida adversária, levando a equipe de arbitragem a acionar a Polícia Militar.
O suspeito foi identificado e conduzido à delegacia, onde prestou depoimento e depois foi liberado, devido à falta de provas concretas.
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DENÚNCIA
Na manhã desta segunda-feira (10), Caíque falou sobre o ocorrido em entrevista coletiva, destacando o apoio recebido pelo Criciúma e reforçando a necessidade de combate ao racismo no futebol.
“A provocação dentro de campo faz parte, mas quando envolve racismo ou homofobia, a situação se torna inaceitável. Identifiquei o autor dos insultos e informei o árbitro, pois era o que eu poderia fazer naquele momento. Espero que medidas sejam tomadas, pois isso precisa acabar. O futebol e a sociedade precisam se unir para combater esse tipo de comportamento”, declarou o goleiro.
Caíque também revelou que essa não foi a primeira vez que enfrentou episódios de racismo dentro dos gramados, ressaltando a importância de denunciar para que haja punições exemplares.
INVESTIGAÇÃO
Diante da gravidade do caso, a Polícia Civil de Santa Catarina emitiu uma nota oficial informando que instaurou um inquérito para investigar a denúncia. O procedimento foi iniciado após a análise dos relatos do goleiro e do torcedor acusado, além da súmula do jogo e outras provas disponíveis.
Segundo o comunicado, apesar da condução do suspeito à 1ª Delegacia de Polícia de Brusque, não houve prisão em flagrante devido à divergência de versões e à ausência de provas concretas no momento. Agora, o inquérito buscará reunir novos elementos, incluindo depoimentos de testemunhas e imagens de câmeras de segurança, para esclarecer os fatos.
Caso a investigação comprove a prática de injúria racial, o suspeito poderá ser indiciado e responder judicialmente, podendo enfrentar pena de 2 a 5 anos de prisão, além de multa.
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