Renato Paiva vira o jogo no Botafogo e responde críticas

"O que quero é olhar para o rendimento dos jogadores, a forma física e o que eles me dão para um único objetivo, que é o Botafogo ganhar"

Renato Paiva supera desconfiança, aposta em três volantes e coloca o Botafogo perto das metas traçadas na temporada. Veja como o técnico lida com críticas e adapta o time.

Foto: Vitor Silva/Botafogo
Foto: Vitor Silva/Botafogo

Rio de Janeiro, RJ, 03 (AFI) – No futebol brasileiro, a pressão chega sem pedir licença, especialmente para quem assume o comando de um clube tradicional. Desde a chegada ao Botafogo, o português Renato Paiva sentiu isso na pele. Alvo de críticas e olhares desconfiados nos primeiros jogos, o treinador parece ter encontrado, enfim, um equilíbrio entre a parte tática e a técnica do elenco alvinegro.

A vitória magra sobre o Santos, por 1 a 0, foi emblemática nesse processo. O Botafogo entrou em campo sem dois pilares: Igor Jesus e Cuiabano, peças consideradas fundamentais para o esquema. Sem hesitar, Paiva apostou em Rwan Cruz e Allan. E, mesmo escalando três volantes de origem, o português fez questão de rebater a ideia de que entrou com uma postura defensiva.

“Se responder como quero, vou dar armas aos meus adversários. São três volantes de nome e de posição. Gregore, Marlon e Allan. A questão é onde andam dentro do campo, porque podem fazer funções não de volante. Eu não jogo com três volantes, isso não é verdade. Jogo com três volantes de definição teórica. Tenho de olhar para os jogadores que são completos no momento ofensivo e defensivo. Porque, se o jogador for muito bom na frente vai nos dar chegadas e oportunidades. Se não for bom defensivamente, pode nos dar gol na nossa baliza”, analisou.

RENATO PAIVA ESTRATÉGIAS TÁTICAS

Paiva nunca escondeu ser adepto do 4-2-3-1, formação que marcou sua carreira. Mas, com a maratona de jogos e a necessidade de soluções rápidas, o treinador já testou de tudo: dois atacantes, três volantes, até dobradinha de laterais. E, claro, as críticas vieram junto. Mas ele não parece se abalar. Pelo contrário, encara tudo com um certo humor ácido e muita sinceridade.

“Depois o Renato é burro, como todos os treinadores no Brasil são. O que o Renato tenta fazer é ir atrás diariamente e olhar para o rendimento dos jogadores, a forma física e o que eles me dão para um único objetivo, que é o Botafogo ganhar. Se perguntar a 10 torcedores se querem ganhar os próximos 20 jogos com três volantes, vão dizer “de fato, não gosto, mas quero ganhar os jogos””, alfinetou.

BOTAFOGO BUSCA METAS

O resultado positivo contra o Santos, mesmo sem força máxima, joga a favor do ambiente e da tabela. O time parece ter reencontrado o caminho sob a batuta de Paiva, que mostra, a cada jogo, estar disposto a mexer nas peças certas para não perder o ritmo e manter o Botafogo competitivo em todas as frentes.

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