Torcedores invadem sede do Corinthians e exigem mudanças

“Ato de resistência contra o sistema político que vem prejudicando o Sport Club Corinthians Paulista há décadas”

Protesto histórico no Parque São Jorge: torcidas organizadas do Corinthians invadem sede, fecham portões e cobram reforma estatutária. Entenda o clima e o impacto no clube.

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Foto: Reprodução

São Paulo, SP, 03 (AFI) – O clima esquentou de vez no Parque São Jorge. Nesta terça-feira, integrantes das principais torcidas organizadas do Corinthians protagonizaram um protesto marcante ao invadirem a sede social e istrativa do clube. Com correntes em mãos, os alvinegros fecharam os portões, deixando clara a insatisfação com a atual istração e exigindo mudanças profundas nos rumos do Timão.

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O movimento, encabeçado por Gaviões da Fiel, Camisa 12, Pavilhão Nove, Estopim da Fiel, Coringão Chopp e Fiel Macabra, foi anunciado como um “ato de resistência contra o sistema político que vem prejudicando o Sport Club Corinthians Paulista há décadas”.

As organizadas deixaram suas reivindicações bem objetivas: querem o programa Fiel Torcedor com direito a voto, alteração no Estatuto do Clube e punição aos responsáveis por dívidas acumuladas nas últimas gestões.

Segundo Alexandre Domênico Pereira, presidente da Gaviões, a mobilização é um protesto pacífico, mas cheio de simbolismo.

“Invasão por má istração, protesto pacífico. Não somos ninguém, nem Augusto Melo, nem Osmar Stabile. A ideia agora é a reforma do estatuto. Corintiano, vamos nos unir. É com a reforma do estatuto que vamos ter novos rumos. A revolução começou hoje”, afirmou Domênico, deixando claro o desejo por renovação.

O discurso foi reforçado com a lembrança de que o amor ao clube deve estar acima de nomes e disputas políticas.

“Não precisa gostar de Augusto Melo, de Andrés Sanchez, tem que gostar do Corinthians”, pontuou.

TORCIDA FAZ PRESSÃO

O estopim para o protesto foi a crise política que se arrasta nos bastidores alvinegros. Dias atrás, Augusto Melo, presidente afastado, tentou reassumir o comando do clube, alegando respaldo de um comunicado da então presidente do Conselho Deliberativo, Maria Angela de Sousa Ocampos. A confusão tomou conta do clube no último sábado, com bate-boca, troca de acusações e um ambiente de total instabilidade.

Atualmente, Osmar Stabile ocupa o cargo de presidente de forma interina, nomeando novos diretores enquanto o futuro do clube permanece indefinido até a assembleia dos sócios, marcada para o dia 9 de agosto. Será nesse encontro que os associados decidirão se Augusto Melo segue ou sai definitivamente da presidência do Timão.

MUDANÇAS NO HORIZONTE

A pressão exercida pelas organizadas não é apenas um grito de insatisfação, mas também um alerta claro de que o Corinthians precisa reencontrar seu caminho. Em meio à instabilidade política, o time sente o reflexo dessa turbulência nos bastidores, com impactos diretos na moral do elenco e, consequentemente, nos resultados em campo. O clube, que já vinha cambaleando na tabela, vê a necessidade de respostas rápidas para evitar que a crise fora das quatro linhas contamine de vez o desempenho esportivo.

Agora, todos os olhares se voltam para o dia 9 de agosto, data que promete ser decisiva para o futuro do Timão. Enquanto isso, a Fiel segue vigilante, pressionando por mudanças e mostrando que, no Corinthians, a paixão da torcida fala mais alto.